quarta-feira, 2 de março de 2011

White Swan


Summary: Canção do cisne ou "Canto do cisne" é uma referência a uma antiga crença de que o cisne-branco (Cygnus olor) é completamente mudo durante toda a sua vida, mas pode cantar uma bela e triste canção imediatamente antes de morrer.

A última coisa que ela fez antes de morrer foi olhar nos meus olhos e dizer “sinto muito”.

Forgive me, please.

Ontem eu sonhei com o dia em que meus pais morreram. Dia estranho. Os relógios da casa nunca mais funcionaram desde esse dia. Congelaram nas doze horas. Claudia nunca tentou consertá-los, talvez por respeito a eles ou... Não sei dizer.

A mesma coisa com o quarto. As coisas estão lá, trancadas desde que eu tinha quatro anos. Exatamente do jeito que eles deixaram. Às vezes eu entro naquele cômodo para pensar. O cheiro meio doce dos perfumes da minha mãe misturados ao forte cheiro de colônia do meu pai clareia minha mente.

Nunca soube dizer o motivo.

Me chamo Evelyn Carter. Tenho 17 anos, 1,64 de altura, meus cabelos são compridos, oscilando entre o roxo e o lilás. Meus olhos são vermelhos. A Morte é uma velha amiga. Sempre uso óculos de aviador, luvas cortadas nos dedos, jeans e uma blusa solta com a imagem da Marilyn Monroe estampada.

Sou bailarina. Por um capricho da minha mãe. Ela também era bailarina. A Swan Queen do Lago dos Cisnes. Era perfeita. Linda. Seu cabelo era castanho claro, ondulado, mas sempre estava preso num coque apertado no topo de sua cabeça. Era delicada quando caminhava. Seus olhos eram verdes claros.

Seu nome era Audrey.

Meu pai a amava muito. O nome dele era Joseph. Seu rosto era anguloso, seus olhos eram cor de mel. Ele adorava ver minha mãe dançando o lago dos cisnes. Era pianista e compositor. Cantava canções de ninar em francês quando eu era pequena. E adorava me contar histórias.

Quando penso sobre meus pais, me lembro da história de Orfeu*.

Não faz sentido, mas penso.

Quando eu fiz quinze anos, cortei meu cabelo. Troquei o shampoo por água oxigenada. Meus fios se tornaram brancos. Foi um acidente. Comprei uma tinta qualquer e o pintei.

Ficou roxo.

Eu gostei. Mas Claudia achou moderno demais, mas se acostumou com o passar do tempo. E descobri que a cor do meu cabelo não voltaria tão cedo.

Não liguei.

Moro numa casa com um jardim enorme. Quando neva, as estátuas tornam-se brancas, paradas numa eterna posição faça chuva ou faça sol. Meu pai uma vez me disse que as estátuas ganham vida por um minuto quando é meia-noite. Diz que elas correm ágeis, e depois retornam.

Nunca compreendi como.

Nem nunca irei.

Algumas coisas sempre serão um mistério.

Como Liam.

Liam é meu amigo. Tem a minha idade. É alto, tem olhos azuis e cabelos pretos desalinhados que normalmente estão bagunçados. Adora Romantismo**. Caminhar pelo meio fio da calçada enquanto vamos para a escola, correr na chuva e o cheiro de livros antigos.

É um bom garoto.

Descobriu que gosta de música clássica quando apertou as teclas do piano da sala da minha casa. Disse que nunca tinha ouvido uma coisa tão linda em toda sua vida. Passou a viver disso. Aprendeu a tocar.

Ele não sabe que sou bailarina. Ninguém sabe. Nem minha melhor amiga. Nunca cheguei a dizer por... Falta de assunto. Mas ao contrário das outras bailarinas, tenho aulas particulares.

Minha professora, Margaret, foi a Swan Queen*** por oito vezes seguidas num espetáculo. É uma mulher delicada, de olhos verdes-musgo e cabelos ruivos. Seu rosto é manchado de sardas pequenas. Tem quarenta e seis anos. Com um corpo de vinte.

Ela diz que eu sou uma ótima bailarina. Como minha mãe era.

Mas não gosto de palcos. Não gosto do centro do palco. Nem mesmo os cantos dele. Ver todos aqueles olhares focados em seus movimentos, no jeito como você respira...

Prefiro o anonimato.

A escuridão, o frio e o silêncio.

Acho que não tenho muito mais o que dizer. Talvez um até logo ou um “vejo você em breve”. Mas não faz meu estilo.

Só... Carpe Noctem.

Evelyn Carter
01/03/2011

http://www.fanfiction.com.br/Cherry-Luna

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Edward Scissorhands.

Alô você... É, você mesmo que está se dando ao trabalho de ler essa postagem... Sabe aqueles dias em que você está simplesmente passeando pela internet? Sem querer nada com nada, offline no msn... Brincando no Tumblr e no Twitter... Pois é.

Num desses dias, lá estava eu, passeando pelo YouTube quando me deparei com algo que me fez ficar... Nostálgica. É... Sempre existe aquela coisinha que sempre nos deixa pensando sobre tudo... Um pequeno divertimento, uma cena de filme, uma letra de música.



Sempre gostei do Tim Burton. Ele é um cara tão... Diferente dos outros. Às vezes acho que ele me compreende com seus filmes, como ninguém jamais fez.

Eu e meu passageiro o admiramos. Gostamos do jeito que ele mostra uma parcela do que acontece em sua mente.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Hello


Fandom:
Dexter

Já vou logo avisando que 'Dexter' não é meu, é do lindo e devotado Jeff Lindsay e do Showtime.

A música é "Hello", do Lionel Ritchie.

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I've been alone with you inside my mind

And in my dreams I've kissed your lips a thousand times

I sometimes see you pass outside my door

Hello, is it me you're looking for?

I've been alone with you inside my mind

And in my dreams I've kissed your lips a thousand times

I sometimes see you pass outside my door

Hello, is it me you're looking for?

Olhei ao redor, apenas prestando atenção no que via. Uma maneira infantil de tentar conhecê-lo de meu próprio jeito.

Conhecê-lo.

Não sei mais se irei conseguir me aproximar dele. Sei o que ele faz. Ele é exatamente como eu, mas por algum motivo... Não admite para si mesmo.

Ele precisa de mim nesse momento. Precisa saber que estou aqui... Que eu o amo.

I can see it in your eyes

I can see it in your smile

You're all I've ever wanted, (and) my arms are open wide

Posso ver cada uma dessas fotografias o que ele sente. O sorriso forçado, os olhos frios e a emoção que não existe.

Ele nunca foi feliz. Nunca.

Porque não sabe o que é felicidade.

Meu irmãozinho está apenas... Dançando conforme a música, fazendo aquilo que todos ao seu redor esperam que ele faça. Ter um bom emprego, uma namorada, uma casa... Mas dentro dele isso significa tão pouco quanto a morte de um roedor na estrada.

Sim... Eu tinha razão. No momento em que abri o ar condicionado na parede, eu soube que Dex era exatamente como eu. Um assassino.

Um assassino que guarda respingos de sangue em plaquetas de vidro.

Sangue...

Mamãe...

'Cause you know just what to say

And you know just what to do

And I want to tell you so much, I love you...

Dexter…

Sei que nunca vai me perdoar por fazer isso… Mas eu preciso. Você precisa de mim, assim como eu preciso de você.

Somos as metades de uma laranja que foram separadas por um policial chamado Harry Morgan, que me atirou no orfanato mais próximo e o tirou de mim, sendo que meu trabalho era cuidar do meu irmãozinho.

Meu pobre irmãozinho... Que cresceu sem mim.

I long to see the sunlight in your hair

And tell you time and time again how much I care

Sometimes I feel my heart will overflow

Hello, I've just got to let you know

'Cause I wonder where you are

And I wonder what you do

Are you somewhere feeling lonely, or is someone loving you?

Tell me how to win your heart

For I haven't got a clue

But let me start by saying, I love you...

Dex, quando finalmente se der conta de que tem um irmão, estarei esperando você. Como sempre estive.

E não importa o tanto de obstáculos que eu encontre pelo caminho, vou estar bem aqui. E mataremos todos aqueles que ousarem nos impedir.

E você irá jogá-los no mar, como sempre faz. Deixá-los no fundo do oceano, como fizeram com nosso passado.

Hello, is it me you're looking for?

'Cause I wonder where you are

And I wonder what you do

Are you somewhere feeling lonely or is someone loving you?

Não tenha pena de nenhum deles, Dexter. Não tiveram pena de nós. Aqueles homens que mataram a mamãe enquanto assistíamos. Cortaram-na com uma serra elétrica enquanto você olhava, sem nem ao menos pestanejar.

E você olhou. Chamou por ela.

Mas nada acontecera.

Tell me how to win your heart

For I haven't got a clue

But let me start by saying ... I love you

Deixei o corpo da Barbie dentro do congelador, com fitas vermelhas amarradas em algumas partes das articulações.

Colei a cabeça na porta da geladeira e a observei por alguns instantes.

Ele saberia.

Arrumei tudo o que mexi e me dirigi até a porta daquele apartamento organizado, olhando-o por uma última vez.

Dexter...

Saiba que não importa se você me mate, eu sempre o amarei.

sábado, 20 de novembro de 2010

HP7 - comentário

Pois é... Eu fui lá, sabendo exatamente o que ia acontecer, como ia acontecer e onde. Mas mesmo assim, não deu jeito e eu chorei feito uma criança desolada ;-;. O filme é incrível, está muito fiel ao livro, mas é claro que dá aquela impressão de que não acaba ali. O mais engraçado é que eu tinha certeza absoluta que ia terminar um pouco depois da morte do Dobby. E terminou.
E eu chorei. Muito. A ponto de ir pra casa com a maior cara de quem acabou de perder o melhor amigo. E era, não? A J.K fez os fãs se apegarem aos personagens a ponto de sentirmos a perda deles como se estivéssemos perdendo nossos melhores amigos.
Só quero ver o meu estado no próximo ano.

xoxo

It all ends here.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

HP7

Hoje eu vou assistir a estreia de Harry Potter e as Relíquias da Morte parte I no cinema. Andei lendo algumas críticas no Oclumência e estou ansiosa pra isso *-*. Parece que foi ontem que eu fui ao cinema assistir A Pedra Filosofal #chora



Aqui tem o trailer que eu duvido que ninguém tenha visto :P

xoxo